Look do dia Máxima Zorreguieta - Rainha de Holanda
16-07-2014

LA VIE EN ROSE
A diva
Marisa Berenson
16ª Crónica
Lisboa-Lapa
28-09-2014
11H 30MN
O dia começou como todos os sábados: cheguei ao cabeleireiro às 9,00h para atender as minhas clientes. Os sábados são sempre muito trabalhosos e permaneci no cabeleireiro até às 16,30h. Saí e fui ao supermercado comprar o que me fazia falta em casa.
Quando estava na caixa para pagar, o telefone tocou e era a minha amiga Sofia Montereal do outro lado que me perguntou se eu poderia estar às 18.00h no Estoril, no Hotel Palácio, para pentear a modelo e actriz Marisa Berenson. Disse logo que sim. Seguiu-se uma correria…afinal só tinha 1h,30h para estar ao lado de tal celebridade. Eu estava em Lisboa e cheguei a casa numa excitação tal porque não é todos os dias que surge uma oportunidade de privar com uma diva como a Marisa Berenson.
Aos sábados a minha empregada doméstica, que está comigo há 10 anos, sai às 14,30h. Assim, fui eu que arrumei as compras do supermercado e que levei os meus 4 adorados cães à rua. (Perdi mais de 20 minutos na rua com os cães)
Foi uma correria, foi uma emoção. Estava a pouco mais de 1 hora de conhecer pessoalmente aquela fabulosa mulher que conhecia das revistas de moda como a Bazar, a Vogue, a TIME, o New York Times, do filme Cabaret e Morte em Veneza e a quem o YSL chamava a sua garota dos anos 70. Enfim…continuava excitadíssimo e nervoso.
O meu Web Master, Gonçalo Reis, estava em minha casa a organizar o meu site e a colocar as notícias que eu lhe tinha dado na véspera e prontos para começar a lançar as rubricas que eu tinha programado por no site às 17h, bem como alinhar a minha crónica semanal que estava feita desde 5ª feira.
Tudo isto se alterou. Tudo mudou por causa de Marisa Berenson. Pedi ao Gonçalo que me acompanhasse até ao Estoril. Passei rapidamente pelo cabeleireiro e coloquei dentro de uma mala escovas, secadores, lacas e outro material básico de trabalho.
Seguimos para Cascais cheios de pressa e a alta velocidade. Continuava feliz mas agora apoderou-se de mim um nervoso miudinho. Afinal aquela era uma mulher famosa que foi capa de revistas também famosas e uma diva da 7ª arte. E eu estava a escassos minutos de a encontrar. Por fim cheguei ao Hotel Palácio às 18h15m, com 15 minutos de atraso porque tinha apanhado imenso trânsito na auto-estrada Lisboa/Cascais.
Dirigi-me à recepção e perguntei qual o número do quarto da Lady Marisa Berenson. A diva encontrava-se no quarto 330. O Hotel Palácio tem aquele charme intemporal dos anos 50. Por ali passou a realeza e o jet set internacional de todo o mundo nos anos 50, 60 e 70.
Entrámos no elevador, subimos ao terceiro andar e por fim estávamos a porta quarto nº330. Neste momento estava muito nervoso. Toquei e a Marisa Berenson abriu-me a porta. Nem queria acreditar que estava perante esta Estrela...
Eu e Gonçalo entrámos, apresentámo-nos e cumprimentámos a senhora. Ali encontrei uma mulher bonita, com um sorriso rasgado, de roupão branco e pantufas de cetim, também brancas.
Havia champanhe e doces sobre a secretária. A Marisa Berenson estava já devidamente maquilhada por si própria.
Perguntei-lhe o que iria vestir e se podia ver o vestido. Também perguntei que jóias ía usar.
A Marisa abriu o armário e daí tirou um vestido comprido preto, sem costas, com umas pedras enormes em cristal prateado sobre a parte do peito. O vestido era fabuloso.
Por cima levava um casaco em arminho que me fez lembrar o Pierrot. O máximo!!
Posto isto a Marisa disse-me que queria o cabelo solto, simples, sem caracóis, com o máximo de volume e algum movimento sobre o rosto. Sugeri lhe o penteado ao estilo da Lauren Bacall, achou o máximo e soltou uma gargalhada.
Disse-lhe que era fã da Lauren Bacall e da Jacky Kennedy. Ela sorria com uns olhos brilhantes. Estava uma atmosfera única.
Posto isto, molhei o cabelo da Marisa e coloquei-lhe um spray de brilho e dei-lhe o máximo de volume possível. Trabalhei-o com secador e escovas prendendo com ganchos. Pedi para ficar 20 min de pose, para ganhar forma.
Depois vim ca abaixo tomar um café, sentei-me com o Gonçalo na esplanada do hotel e ambos conversámos, que mulher interessante. Era a altura de voltar para o quarto da Marisa.
Pedi-lhe que se vestisse e colocasse os brincos, a Marisa foi a casa de banho tirar o roupão e vestir-se. Apareceu-me deslumbrante, o vestido caía-lhe lindamente, assentava-lhe lindamente no seu esbelto corpo.
Cuidadosamente ajudei-a a vestir-se e apertei-lhe o seu elegante vestido, no meio de risos e risadas, pois via parte dos seus seios. Disse-lhe que estava muito habituado a ver senhoras nesta situação e a Marisa soltou uma gargalhada enorme.
Tirei lhe os ganchos e comecei a penteá-la fazendo os movimentos sobre o rosto.
Neste momento entra o seu companheiro no quarto, que simpaticamente nos cumprimentou, olhou para a Marisa e comentou “estás belíssima” e agradeceu-me.
No meio disto tudo a Marisa perguntou me se eu era Português ou Brasileiro. Disse-me que eu tinha um ar engraçadíssimo, giríssimo e que não parecia Português...
Falámos de cães, mostrei lhe as fotografias dos meus cães, fiquei a saber que ela também gosta de cães e tem cães.
Disse-me que eu era muito rápido a trabalhar e notava-se pela forma como segurava no cabelo que tinha muita prática. A dada altura disse-me “o meu cabelo não é fácil, estou muito contente, ainda bem que me esqueci dos meus cabeleireiros.”
Pediu-me um cartão, pois quando voltar a Portugal, vai contactar-me e recomendar-me às amigas dela. Foram duas horas de conversas infinitas. Percebi que para além de estar de uma diva do cinema de uma ex-modelo consagrada, principalmente estava perante uma mulher de muita fé.
De uma simplicidade inacreditável, com uma alma enorme que a minha sensibilidade captou.
Percebi mais tarde que tinha um desgosto enorme, pois a sua irmã tinha morrido no atentado às torres gémeas na América. Tinha sido o primeiro avião a embater contra as torres gémeas.
Uma mulher fantástica. Ofereceu-me uma taça de champanhe que educadamente recusei porque estava em trabalho e quando estou a trabalhar não bebo. E reforçou que quando voltasse a Portugal iria contactar-me.
Enfim...foram duas horas muito bem passadas e no final pedi-lhe se podia fazer umas fotografias com ela. De sorriso rasgado abraçou-me no braço e disse-me “claro que sim”.
O Gonçalo tirou as fotografias e despedimo-nos um do outro com uma sensação de empatia, indiscritível.
Observação: habituado que estou ao longo destes quase 27 anos a tratar e a pentear a beleza da mulher, este dia, 27 de Setembro de 2014, fica marcado na minha memória para todo o sempre lembrar. Fiquei fascinado por ter conhecido, privado com aquela mulher fabulosa da 7ªarte.
Observações:A minha sensibilidade diz-me que acabara de conhecer uma mulher que para além de glamourosa, elegante e diva da 7ªarte, eu tinha estado na presença de alguém com uma fé inabalável e com uma alma que transbordava dos seus olhos.
Foi isto que a minha sensibilidade captou.
No meio desta emoção e desta alegria quero terminar agradecendo á Sofia Montereal por ter posto a Marisa Berenson, na minha vida.
E assim me despeço com esta alegria imensa de ter conhecido esta fabulosa mulher.
Até para a semana.






LOOKS DO DIA
Marisa Berenson
30 de Setembro de 2014
Marisa Berenson foi uma modelo famosa já no início da década de 1960.
Era uma das mais bem pagas do mundo, confessou ao The New York Times. Foi capa da Vogue em julho de 1970 e da Time em dezembro de 1975.
Na sua juventude, era conhecida como a "Rainha da Noite", pela sua constante presença em boates e eventos.
O estilista Yves Saint-Laurent chamava-a de "a Garota dos Anos 70"
A minha sensibilidade captou uma mulher simples com uma grande fé.
Com uma alma que se vê nos olhos.
De uma simplicidade inacreditável.
Uma senhora com uma fé inabalável e com uma alma que transbordava dos seus olhos
Adoro-a
I love it!!!























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