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Homenagem ao Meu Saudoso Gato

Zé do Telhado

Animais abandonados

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Zé do Telhado

Vou - vos contar uma história de Amor que vivi com um gato no meu telhado durante quase dois anos. A minha emoção só me permite escrever alguns pequenos episódios, mas faço questão de encerrar este capitulo e de eternizar no meu

site esta verdadeira história de Amor.

Em Maio de 2016 apareceu no meu telhado um gato, preto e branco. No principio não achei graça, tal era o incómodo dos meus cães, ao verem o gato ali pendurado a espreitar cá para baixo.O tempo foi passando, e o gato todos os dias ali aparecia para comer.Lembro - me como se fosse hoje, no dia do meu aniversário, desse ano, 20 de Junho de 2016, ter acordado e o gato ali estava. Não deixava fazer festas, vinha cá abaixo à cozinha abrir duas latas de atum e fui colocar na janela, por cima do meu telhado.

 

Com o tempo, o gato foi ganhando confiança e eu comecei a fazer - lhe festas. Era a altura de escolher um nome e carinhosamente baptizei de Zé do telhado.

Fomos desenvolvendo uma amizade ímpar... Respeitei sempre a liberdade, a astúcia e a inteligência do Zé. Foram tantos os episódios por nós os dois vividos, que me fizeram apaixonar verdadeiramente pelo Zé.Cheguei a estar horas pendurado na minha cadeira do quarto a vê - lo e a observá - lo. Igualmente cheguei a estar horas a desabafar. Os gatos são muito

inteligentes e possuem um sexto sentido, sobre o que nos rodeia...

Homenagem em vídeo e fotografia ao Zé do Telhado

Zé do Telhado

Saudade

Homenagem

Zé do Telhado

Duarte Menezes

Amor

Zé do Telhado

Astuto

Saudade

Meigo

Família

Independente

Homenagem

O Zé não tinha horários, aparecia quando e como queria. O máximo que estava era três dias sem aparecer e sempre que isto acontecia, eu ficava preocupado. Um dia apareceu - me com o olho esquerdo todo cheio de mazelas, foi uma complicação tratar aquele olho... Ao fim de muito custo e quase ao fim de um

mês e meio, consegui tratar do olho do Zé.

 

Outro episódio que muito gostava, mas que me custava, era o Zé, por norma, aparecia entre as 6 horas e as 7 horas da manhã no meu telhado a miar e a bater com a patinha na minha janela de vidro. Era uma graça! Acordava, ia buscar - lhe comida e ali estava com ele a fumar sempre o meu primeiro cigarro da manhã.

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Gatos Abandonados

Momentos com o meu saudoso Zé do Telhado em vídeo

Duarte Menezes

Cumplicidade

Zé do Telhado

Saudade

O Zé não era um gato qualquer, apesar de ser um gato de rua, eu tinha todos os cuidados com o Zé. Mais ou menos de dois em dois meses, colocava - lhe um desparasitante na sua comida. Muitas vezes quando fazia - lhe festas, punha na minha mão a pipeta das pulgas, para espalhar sobre o seu pêlo.

A sua comida tinha sempre um complexo de vitaminas, para o fortalecer e por falar em comida, o Zé no ultimo ano habituou - se apenas a comer peito de frango, salmão, garoupa, pescada ou cherne. Era o que o Zé mais gostava e as compras eram feitas de propósito para o Zé. Cheguei ao ponto de no meu congelador ter sacos de plástico devidamente separados, mas com a etiqueta Zé.

 

Desenvolvemos uma grande amizade... Eu que não gostava especialmente de gatos, ganhei um amor imenso ao Zé, ao ponto de várias vezes alterar a minha vida, porque sabia que se ele não aparecia durante a tarde, iria aparecer mais ou menos às 20 horas. Várias vezes adiei as minhas idas ao ginásio, para as 21 horas, estava a fazer tempo, pois sabia que o Zé iria aparecer. Foram várias as vezes, nomeadamente ao sábado que cheguei atrasado a jantares de amigos, pois ficava à espera do Zé para lhe dar de jantar.

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Olhar penetrante

Zé do Telhado

Amor incondicional

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Saudade

Zé do Telhado

Astuto

Duarte Menezes

Zé do Telhado

Duarte Menezes

O meu gato

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Bonito

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Homenagem

Cumplicidade

Todos os dias telefonava para casa, para a minha empregada a saber se o Zé tinha aparecido, pois como já disse em cima, o Zé por norma, aparecia entre as 6 horas e as 7 horas. A minha empregada está das 9 horas e 30 minutos às 18 horas. Durante esse período, se o Zé não aparecesse, era uma preocupação para mim, daí eu ficar em casa e só fazer os programas de jantares com amigos e ginásio depois de o Zé me visitar.

 

Foi um Amor que cresceu, foi uma paixão que ganhei e foi um sentimento que ficou, que não consigo explicar...

O Zé fazia parte da minha rotina, várias vezes o tentei capturar para o pôr dentro de casa, mas assim que o agarrava com as duas mãos, o Zé fugia imediatamente para trás...

Era muito independente, gostava desta vida de vadio!

A nossa cumplicidade era muito nossa... eu sei e sentia que o Zé se sentia seguro e bem ao meu lado. Era a única pessoa que o Zé "autorizava" a fazer festas, tirar fotografias e fazer vídeos, como várias vezes publiquei nas minhas páginas do facebook.

Foram imensas, as vezes que abria o portão, que dá acesso a minha casa, olhava para o telhado e estava o Zé à minha espera, pois também ele sabia os meus horários.

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Zé do telhado

Momentos com o meu saudoso Zé do Telhado em vídeo

Zé do telhado

Amor

Zé do telhado

Zé do telhado

Duarte Menezes

Saudade

Duarte Menezes

Cumplicidade

Duarte Menezes

O meu gato Zé

Duarte Menezes
Direitos dos animais

Momentos com o meu saudoso Zé do Telhado em vídeo

Eu sentia que o Zé percebia, quando eu saía de casa e pressentia a hora em que eu regressava.

Foram dois anos da minha vida, a lidar com o Zé. Tive que aprender o que era gostar de um ser independente, solitário e sem horários. Foi um amor e um sentimento profundo, que não consigo transmitir na plenitude, aquilo que sinto.

 

Considero que o Zé foi um "rei" da rua e dos telhados.

Viveu como quis, à sua maneira e principalmente sinto que o Zé foi feliz.

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Duarte Menezes

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Olhar expressivo

Duarte Menezes

O meu gato

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Meigo

No dia 20 de Janeiro de 2018, foi o ultimo dia em que vi o Zé. Apareceu como habitualmente para me acordar, estava bem disposto e eu lembro - me que comeu a taça toda. À tarde, como habitualmente, liguei para casa e foi - me dito que o Zé não tinha aparecido. Nos outros dias que se seguiram, o Zé também não aparecia, não me vinha acordar nem eu tinha noticias suas. Senti que desta vez que algo se tinha passado...

Zé do telhado
Zé do telhado

Momentos com o meu saudoso Zé do Telhado em vídeo

Duarte Menezes

Olhar expressivo e penetrante

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Meigo

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Zé do telhado

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Momentos com o meu saudoso Zé do Telhado em vídeo

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Saudades

Zé do telhado
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Zé do telhado

Saudades do  meu Gato Zé do Telhado

Direitos dos animais
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Momentos com o meu saudoso Zé do Telhado em vídeo

E  infelizmente, os meus pressentimentos estavam certos:

No dia 24 de Janeiro de 2018, por volta das 14 horas, a minha empregada telefonou - me, dizendo que tinha uma noticia muito triste para me dar: O Zé estava morto, foi encontrado morto no jardim de uma vizinha minha.

 

Tinha seis clientes dentro do cabeleireiro, saí do cabeleireiro e fui para casa, queria ver com os meus olhos se era o Zé. Chegado a minha casa, disseram - me que o Zé tinha sido colocado no caixote do lixo, num saco de plástico preto. Pedi ao meu vizinho, que o tinha lá ido pôr, para me ir buscar o Zé, pedi à minha empregada que saísse com os meus cães, para o pátio de minha casa e sozinho fechei me na casa de banho.Abri o saco de plástico para ver e confirmar se era o Zé.

 

O Zé tinha duas características que o distinguiam: Tinha a ponta da cauda branca e a sua pata esquerda, tinha uma faixa preta, toda à volta, sobre o pêlo branco. O seu focinho era rosado e arredondado e os olhos esverdeados.Todas estas características indicavam que era o Zé, que ali estava sozinho comigo dentro de minha casa morto.

 

Sempre quis que o Zé entrasse dentro de minha casa, mas com vida e o destino fez com que o Zé, entrasse em minha casa, morto e nestas circunstâncias... Foi muito doloroso... que nem consigo aqui vos transmitir o que senti e o que ainda sinto, chorava copiosamente. Fui buscar uma manta e embrulhei o Zé nessa mesma manta, tornei a colocá - lo no saco, pedi ao meu vizinho que me acompanhasse e trouxesse com ele uma picareta, fui directo ao jardim à Tapada, onde existe uma imensa colónia de gatos, cavámos os dois um buraco num local discreto e de pouca passagem e ali sepultei o Zé, debaixo de uma dor imensa e de um sentimento de vazio. As lágrimas corriam de uma forma intensa pelo rosto, ao ponto de antes de voltar para o cabeleireiro, passei por casa para trocar de roupa. 

As circunstâncias com que eu vi o Zé e a forma como ele estava morto , leva me a creditar que morreu por envenenamento. Existem imensas pessoas que não gostam de animais e alguém... deve de ter envenenado o Zé.

O Zé jamais irá morrer de dentro de mim! 

Até sempre companheiro!

Gatos
Gatos Abandonados

Vídeo do local onde sepultei o meu Gato Zé do Telhado

Homenagem Final

O que se seguiu depois da morte do Zé e ainda hoje, 25 de Fevereiro de 2018, já fez mais de um mês da sua morte, fiquei responsável pela colónia de gatos, onde o Zé está sepultado.

Ali vou, todos os dias antes de ir trabalhar, e no local onde o Zé está, fumo sempre o meu cigarro e dirijo umas palavras... De seguida vou percorrer a colónia toda, para ir alimentar os imensos gatos que ali vivem, onde algo me diz que o Zé de tão vadio que era, me deixou ali descendência...

 

É um trabalho que abracei com todo o gosto e toda a dedicação, está a dar - me imenso prazer e orgulho ali estar. Ganhei um respeito e uma admiração imensa pelos gatos, ao ponto de vos dizer que tenho quatro cães, mas no dia em que deixar de ter cães, tenho a certeza que vou passar a ter imensos gatos a

viver comigo.

 

O Zé deixou - me uma lição de vida!

A independência e a vida livre devem de ser respeitadas perante os animais de rua. Com o Zé, também aprendi e digo - vos com total franqueza, que o próximo passo que se vai dar na minha vida, é que vou deixar de comer carne. (Já como pouca)

Com o Zé aprendi a amar e a perceber de gatos.

 

Até sempre Zé!

Até sempre companheiro!

E estarás sempre no meu coração!

 

Duarte de Lemos e Menezes

Direitos dos animais

NOS DIAS A SEGUIR

Nos dias a seguir à morte do Zé, algo me dizia interiormente para ficar responsável e para me dedicar a esta imensa colónia de gatos de rua, completamente ao abandono. Houve um dia que contei para cima de setenta gatos, divididos pela parte de cima e a parte de baixo da Tapada do palácio das Necessidades.

 

Ali vou todos os dias de manhã bem cedo, de segunda à sexta às oito horas da manhã, dar - lhes de comer. Ao sábado e domingo vou mais tarde, por volta das dez horas e trinta minutos, mas todos os dias faço questão de ir vê - los e de perceber o quanto são livres e o quanto são inteligentes.

 

Ao fim de um mês e de entre tantos gatos, elegi o meu preferido, pelos motivos óbvios. Hoje dia 25 de Fevereiro de 2018, baptizei - o de José. É o meu gato preferido da imensa colónia.

Graças ao meu Zé, estou ali naquela colónia de alma e coração e através do José, a dor fica menos forte e a saudade menos distante.

Este é o José e a vida continua!

 

Duarte de Lemos e Menezes

Gato José

Gato José

Algumas das imagens que servem de ilustração para as postagens do site e do Blog do  SR. Duarte Menezes não são de nossa autoria. Caso alguma delas seja sua e você desejar a remoção , fale conosco!

MORADA DO CABELEIREIRO

RUA JORGE ALVES Nº 28 LOJA B 

CONDOMÍNIO DO QUELHAS

 CÓDIGO POSTAL: 1200-873 LISBOA

TELEFONE : 21 397 07 30

TELEMÓVEL: 932424143

SALAODALAPA@GMAIL.COM

 

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